O governo Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira (23) um apelo ao grupo terrorista Hamas para que liberte imediatamente os reféns capturados em Israel, no ataque de 7 de outubro do ano passado. O documento foi assinado por 17 países que têm cidadãos mantidos em cativeiro, na rede de túneis na Faixa de Gaza.
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"Apelamos pela libertação imediata de todos os reféns do Hamas, que se encontram detidos em Gaza há mais de 200 dias. Entre eles estão os nossos próprios cidadãos", diz o texto, divulgado pelo Palácio do Planalto. "O destino dos reféns e da população em Gaza, que estão protegidos pelo direito internacional, é motivo de preocupação internacional."
Além do Brasil, endossaram o apelo a Alemanha, Argentina, Áustria, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Polônia, Portugal, Romênia, Reino Unido, Sérvia e Tailândia. Israel não assinou a declaração conjunta.
O gesto do governo Lula era uma cobrança da diplomacia israelense, que defendia nos bastidores que Lula intercedesse até mesmo junto ao Irã em prol da libertação dos reféns. Entre os 132 reféns remanescentes em poder dos terroristas do Hamas, a inteligência israelense estima que cerca de 30 tenham morrido.
Entre os capturados está o brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos, cujo paradeiro e estado são desconhecidos. A família dele tem mantido contato com as diplomacias.
O governo Benjamin Netanyahu rejeita qualquer acordo de cessar-fogo que não inclua a ordem de libertação de todos os reféns do Hamas. O premiê rejeitou uma deliberação do Conselho de Segurança das Nações Unidas que poderia pausar o conflito.
"Salientamos que o acordo sobre a mesa para a libertação dos reféns permitiria um cessar-fogo imediato e prolongado em Gaza, o que facilitaria o envio de assistência humanitária adicional necessária a toda a Faixa de Gaza e conduziria ao fim crível das hostilidades", afirma o comunicado. "Os habitantes de Gaza poderiam regressar a suas casas e a suas terras, com preparativos prévios para garantir abrigo e provisões humanitárias."
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"Apoiamos firmemente os esforços de mediação em curso para que nossos nacionais possam voltar para casa. Reiteramos o nosso apelo ao Hamas para que liberte os reféns e nos deixe pôr fim a esta crise, para que, coletivamente, possamos concentrar os nossos esforços em trazer paz e estabilidade à região."