Das tradicionais cucas aos produtos sem glúten, negócios da Serra Gaúcha buscam expansão para outras cidades

Negócios de gastronomia da Serra Gaúcha miram em expansão para outras cidades


Das tradicionais cucas aos produtos sem glúten, negócios da Serra Gaúcha buscam expansão para outras cidades

A expansão é um passo importante no mundo dos negócios. Empreendedores e empreendedoras da Serra sentiram, a partir das suas próprias experiências e percepções, a necessidade e o timing para ampliar suas operações. Esse foi o caso de Clair Wildner, proprietário da Vitiaceri Casa das Cucas, negócio de Bento Gonçalves que, agora, opera também em Porto Alegre.
A expansão é um passo importante no mundo dos negócios. Empreendedores e empreendedoras da Serra sentiram, a partir das suas próprias experiências e percepções, a necessidade e o timing para ampliar suas operações. Esse foi o caso de Clair Wildner, proprietário da Vitiaceri Casa das Cucas, negócio de Bento Gonçalves que, agora, opera também em Porto Alegre.
O negócio começou a partir de um novo rumo de outro empreendimento que compartilhava com a esposa. Antes, a Viaticeri Casa da Uva trabalhava com produtos derivados da fruta, desde cosméticos até a comercialização in natura. Durante um café da tarde, a sogra de Clair resolveu assar uma cuca recheada com uvas da loja. Foi daí que nasceu a ideia para uma mudança na operação.
Com a mudança de nome e de nicho, o negócio inicialmente enfrentou algumas resistências pela associação da cuca com a cultura alemã em uma região predominantemente influenciada pela cultura italiana. No entanto, o empresário afirma que o sabor autêntico e a qualidade dos produtos conquistaram rapidamente os clientes. Com o passar do tempo, Clair expandiu seus horizontes, adicionando cafés especiais, lanches e serviços de piquenique. "Quando o movimento começou a intensificar, vimos o quanto a cuca combina com café. Quando vimos que o negócio estava realmente crescendo, instalamos uma máquina de café espresso e diversificamos o cardápio", rememora o empreendedor.
A expansão para Porto Alegre, veio a partir de uma visita que mudou o destino da Vitiaceri. Após desembarcar de um voo no Aeroporto Salgado Filho, Clair conheceu o Boulevard Laçador e viu ali uma oportunidade de trazer seu negócio para a Capital. Neste momento, porém, após o primeiro contato com o local, o empreendedor não seguiu com as negociações. "Olhamos uma sala, mas quando nos passaram os valores percebemos que, naquele momento, não cabia no bolso", explica.
Entretanto, Clair foi surpreendido durante a pandemia, quando a administradora do local procurou a marca para ocupar uma das casas-lojas do complexo. De acordo com o empreendedor, a ideia era principalmente voltar a dar vida ao jardim com vista para a pista do aeroporto. O período, como conta Clair, foi desafiador, uma vez que, a cada semana, as restrições eram atualizadas e o empreendedor não tinha certeza sobre qual tipo de atendimento poderia realizar.
Hoje, a Vitiaceri Casa das Cucas tornou-se ponto de encontro para moradores de Porto Alegre e atrai a curiosidade de turistas, como conta Clair, oferecendo cucas recheadas a partir de R$ 24,00. O carro-chefe da operação ainda é a cuca de uva, mas outros sabores como doce de leite e a de morango com chocolate atraem a clientela. Outro serviço muito procurado pelos consumidores, de acordo com o empreendedor, é o piquenique no jardim, que conta com opções de R$ 149,00 e R$179,00.
Além disso, a empresa também realiza uma parceria com uma vinícola de Bento Gonçalves que envasa sucos, vinhos e espumantes com rótulo exclusivo da Vitiaceri. Os valores dos sucos partem de R$ 14,00, enquanto as bebidas alcoólicas partem de R$ 39,00. O local realiza entregas e também oferece produtos à pronta-entrega na modalidade pegue e leve. As encomendas podem ser realizadas pelo iFood, pelo Instagram (@vitiaceriportoalegre) e pelo WhatsApp (51) 98208-6084.
Sobre os desafios enfrentados na transição de uma cidade da Serra para Porto Alegre, Clair destaca a necessidade de agilidade e eficiência para atender às demandas de um público mais acelerado. "Sinto que aqui o pessoal é mais agitado, tudo tem que ser muito rápido", comenta. No entanto, a receptividade calorosa e a curiosidade dos clientes têm sido gratificantes para o empresário. A Vitiaceri está localizada no Boulevard Laçador, na avenida dos Estados, n° 111. A operação é de terça-feira a domingo, das 10h às 20h. Às segundas, das 10h às 13h.
 

Focada em semifreddo, gelateria de Caxias do Sul abre em Porto Alegre

A Tropino chegou ao bairro Moinhos de Vento com a proposta de aproximar os porto-alegrenses da sobremesa italiana

Foi durante uma viagem para a Itália que Rachelle Moraes teve seu primeiro contato com o sorvete semifreddo. O que, em um primeiro momento, foi a degustação de uma nova sobremesa, virou, anos depois, a Tropino, gelateria especializada em sorvetes semifreddo que chegou à Capital recentemente, localizada na Galeria Champs Elysees, no bairro Moinhos de Vento.
A ideia surgiu em 2018 durante a gestão de uma franquia de pizzas em Bento Gonçalves, na Serra. A empreendedora desenvolveu o sabor triplo, hoje o mais vendido da Tropino, que combina camadas de doce de leite, chocolate branco e chocolate ao leite. A ideia era um doce que fosse gostoso e prático para que os pizzaiolos pudessem servir, já que Rachelle, naquele momento, ficava nas funções administrativas do negócio. Com o fechamento da pizzaria, surgiu a oportunidade de criar uma empresa de sobremesas artesanais, inicialmente voltada para restaurantes.
O semifreddo, gelato à base de ovos pasteurizados e creme de leite fresco, diferencia-se dos sorvetes comuns e dos gelatos italianos, pois é feito de forma artesanal, sem incorporação de ar, o que, de acordo com Rachelle, resulta em maior intensidade de sabor. "Semifreddo, em italiano, é meio frio. Ele não é para consumir muito gelado. Na Itália, por exemplo, eles focam no gelato italiano no verão e, no inverno, eles têm o semifreddo", explica Rachelle.
A pandemia, no entanto, alterou o curso do negócio, forçando uma adaptação para atender diretamente o consumidor final. Com a grande procura dos consumidores durante o início da pandemia, Rachelle viu no momento de diminuição das restrições o timing ideal para a primeira virada de chave do negócio. Em 2022, a sede da empresa, em Caxias do Sul, passou por uma reforma, alinhando-se à proposta de se tornar um local para experimentar e descobrir os sabores do gelato semifreddo, agregando mesas para consumo no local, além da disposição de produtos à pronta-entrega. "A ideia é que o consumidor possa ir até o local para provar e descobrir o que é o semifreddo, e que esse cliente também possa levar a sobremesa para casa", sugere a empreendedora, que conta com o marido Sandro Girotto na sociedade da Tropino.
No fim de 2023, Rachelle sentiu que era o momento de uma nova expansão, e convidou seu irmão, Fábio Moraes, para virar sócio. O trio, então, abriu duas novas unidades em dezembro: uma em Porto Alegre e um quiosque no Shopping Villagio, em Caxias do Sul.
Os valores dos bombons são R$ 7,90 e as fatias R$ 20,00 para consumo no local. Para levar, a bandeja de petit gateau com quatro unidades sai por R$ 39,90. Os mais vendidos da operação em Porto Alegre são a torta inteira de sabor triplo, que custa R$ 80,00 e serve de 6 a 8 fatias, e os bombons de chocolate branco com framboesa.
Com um investimento de aproximadamente R$ 80 mil, a Tropino visa consolidar sua presença em Porto Alegre, mantendo os pés no chão enquanto planejam futuras expansões e, quem sabe, franquias. De acordo com a empreendedora, a escolha do Moinhos de Vento reflete a identificação com o local, além de ser uma área movimentada e promissora para o negócio.
A Tropino opera de terça-feira a domingo, das 11h30min às 19h, na Galeria Champs Elysees, na rua 24 de Outubro, nº 435, no bairro Moinhos de Vento. O local também realiza entregas por meio o iFood.
 

Restaurante e empório sem glúten expande na Serra Gaúcha e busca novos destinos

O negócio celebra um ano de operação e pretende expandir a venda de produtos para outras regiões do Rio Grande do Sul

O Brigitte, negócio com foco em gastronomia sem glúten, celebra um ano de funcionamento com a missão de levar para Caxias do Sul acolhimento e inclusão por meio da comida. A operação, localizada na rua Ênio Silva Marques, nº 252, no bairro Sanvitto, funciona como restaurante, empório e cafeteria, oferecendo almoços, lanches e produtos 100% livres de glúten.
O café, fundado por Gustavo Griza, Juliana Stédile e Lilian Viezzer, nasceu após o diagnóstico de Gustavo, que descobriu ser celíaco, condição que o impede de consumir glúten. Gustavo, que é cozinheiro, viu-se privado não apenas de sua paixão pela gastronomia, mas também das memórias culinárias que o acompanhavam. "Quando a médica disse que ele teria que sair da cozinha se quisesse melhorar, este amor pelo trabalho foi tirado e ele foi perdendo as memórias gastronômicas que tinha", conta Juliana.
Após a decisão pelo afastamento da cozinha profissional, Gustavo começou a experimentar, em sua própria casa, desenvolver massas livres de glúten. O insight para empreender veio quando ele compartilhou suas criações com uma vizinha celíaca, que se encantou com os sabores e o incentivou a levar os itens para mais pessoas. Com a receptividade positiva de amigos, os sócios decidiram criar um espaço onde Gustavo pudesse não apenas recriar os sabores que amava, mas também proporcionar uma experiência gastronômica inclusiva para outras pessoas celíacas. O negócio foi expandindo até que, em 2022, o Brigitte abriu as portas ao público. Hoje, além de servir pratos no local, o café também fornece massas para restaurantes e para empórios da região.
O diferencial do estabelecimento, como afirmam os sócios, está não apenas na qualidade dos produtos, mas na missão de inclusão que permeia todo o ambiente. O trio conta que tanto aqueles clientes com restrições alimentares quanto os que não têm podem desfrutar de uma refeição saborosa e acolhedora. O café oferece uma variedade de opções, desde massas artesanais até tortas e doces, todos livres de glúten. Os pratos individuais do café da tarde variam entre R$ 10,00 e R$ 35,00, enquanto os pratos do almoço partem de R$ 22,00. Entre os preferidos da clientela, destaca-se a sopa de agnoline. O prato para consumo no local custa R$ 29,90 e a bandeja de 400g para quem deseja degustar em casa, R$ 40,00.
O café já recebeu visitantes de cidades como Farroupilha e até mesmo de Curitiba, conhecida como capital nacional da doença celíaca. "Tivemos visitantes de muitos lugares. Inclusive, pouquíssimo tempo depois que abrimos, o Tiago Leifert esteve aqui, ele é celíaco e foi legal, porque não esperávamos e nem sabíamos que ele estava na cidade. Foi muito bacana ver ele dizendo que saiu de onde mora e tinha opções aqui em Caxias do Sul, foi muito gratificante para nós", rememora Juliana.
O objetivo dos fundadores é continuar expandindo e levando sua missão de inclusão para ainda mais pessoas. Para isso, a intenção é fechar parcerias com restaurantes e empórios em outras regiões do Estado. De acordo com Juliana, as primeiras parcerias estão sendo fechadas com estabelecimentos da Região das Hortênsias, e a ideia é, em breve, buscar oportunidades em outras regiões do Rio Grande do Sul.
O Brigitte opera na rua Ênio Silva Marques, nº 252, no bairro Sanvitto, em Caxias do Sul, de segunda-feira a sábado, das 11h às 18h30min. De segunda a sexta-feira, o horário do almoço vai das 11h às 14h, aos sábados, o horário se estende até as 14h30min.